terça-feira, 29 de junho de 2010

Colapso - Michael C. Ruppert


Assisti a um documentário sobre as idéias de Michael C. Ruppert a respeito do Colapso de recursos naturais como o petróleo e as possíveis conseqüências disso para a humanidade. Achei interessantíssimo, pois suas idéias são coerentes apesar da aparência de catastrofismo e coloco um trecho de sua entrevista:

No que diz respeito aos partidos políticos, todos eles são anacronismos, são todos produtos de séculos passados.

A Raça humana não irá preocupar-se apenas com uma ideologia, mas com o que lhe permitirá sobreviver.

Capitalismo, socialismo e comunismo são termos que precisam imediatamente ser jogados no lixo porque todos foram criados no pressuposto de recursos [naturais] infinitos.
Nenhuma dessas ideologias que hoje são dinossauros mortos, arcaicas, fósseis e que já não são relevantes para nossa forma de vida, nenhuma delas reconhece que tem de existir um equilíbrio entre o crescimento, os recursos e o planeta.

(...) Cito um Cristão, São Timóteo e considero ser verdade o que ele disse: “O amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal.” (...) para tentar responder a perguntas fundamentais sobre a existência humana e porque de nos comportarmos como nos comportamos, o porquê de pensarmos como pensamos, o porquê de agirmos como agimos, o amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal. E é o amor ao dinheiro que tem o poder de exterminar, de levar a raça humana à extinção!

(Michael C. Ruppert no documentário “Collapse”)
Atualização
09/11/2010
Ora! vejam só a noticia que saiu hoje no jornal Gazeta do Povo!

Biocombustíveis fazem mais mal ao clima que fósseis, diz estudo

Os planos europeus de promoção dos biocombustíveis levarão os agricultores a converterem 69 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa em lavouras, reduzindo a oferta de alimentos aos pobres e acelerando a mudança climática, segundo um relatório divulgado por ambientalistas na segunda-feira.

De acordo com esse estudo, o biocombustível adicional a ser usado na Europa ao longo da próxima década irá gerar entre 81 e 167 por cento a mais de dióxido de carbono do que os combustíveis fósseis.

Nove entidades ambientais chegaram a essa conclusão depois de analisarem dados oficiais relativos à meta da União Europeia de que até 2020 os combustíveis renováveis representem 10 por cento do total usado em transportes no bloco.

A equipe energética da Comissão Europeia, que formulou tal meta, argumentou que o impacto não será tão grande, porque os biocombustíveis serão extraídos principalmente de plantações em terras agrícolas atualmente abandonadas na Europa e na Ásia.

Novas estimativas científicas lançadas neste ano colocam em dúvida a sustentabilidade da meta dos 10 por cento, mas autoridades energéticas da UE afirmam que apenas dois terços da meta será alcançada pelos biocombustíveis, e que veículos elétricos, alimentados por fontes renováveis, oferecerão um equilíbrio.

No entanto, estratégias nacionais de energias renováveis publicadas até agora por 23 dos 27 países da UE mostram que até 2020 9,5 por cento dos combustíveis usados nos transportes devem ser biocombustíveis, e que 90 por cento disso virá de cultivos alimentares, segundo o relatório.

O debate gira em torno de um novo conceito, conhecido como "mudança indireta do uso fundiário."

Basicamente, isso significa que transformar uma lavoura de grãos em cultivo de matéria-prima para biocombustíveis fará alguém, em algum lugar, passar fome, caso essas toneladas de grãos a menos não passarem a ser cultivadas em outro lugar.

Os fundamentos econômicos sugerem que esse déficit alimentar seria suprido com a ampliação da fronteira agrícola para áreas tropicais, o que implicaria a destruição de florestas -- um processo que pode gerar enormes emissões de gases do efeito estufa, pela queima ou apodrecimento das árvores, revertendo eventuais benefícios que os biocombustíveis deveriam trazer.

O relatório diz que a estratégia da UE para os biocombustíveis poderia gerar 27 a 56 milhões de toneladas adicionais de gases do efeito estufa por ano. No pior cenário, isso seria equivalente a colocar 26 milhões de carros nas estradas europeias, diz o estudo.

Produtores tradicionais de biocombustíveis argumentam que a UE não deveria alterar suas políticas de promoção dos biocombustíveis levando em conta as novas estimativas científicas, porque estas ainda são incertas.

"Qualquer política pública baseada em resultados tão altamente contestáveis seria facilmente desafiada na Organização Mundial do Comércio," disse o representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Emmanuel Desplechin.


http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?tl=1&id=1066021&tit=Biocombustiveis-fazem-mais-mal-ao-clima-que-fosseis-diz-estudo
O Senhor Ruppert falou a respeito do assunto no documentário. Não é que ele tem razão afinal de contas?!

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